quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pra-sem-pre!

Sempre foi você. Desde que eu possa me lembrar, sempre tem sido você. A pessoa pra quem eu quero dizer, gritando, sorrindo abrindo a boca o que aconteceu, o que vem acontecendo comigo. Meu sempre não é tão velho assim, mas desde que eu te conheci eu tenho a sensação de eternidade que eu sempre procurei. Vinte e nove horas ininterruptas seriam suficientes pra nós. Quarenta e nove, ciquenta e dois,  o tanto de tempo que fosse necessário. Eu estaria com você o tempo que fosse necessário. E você estaria comigo. Esteve. Está. Está (?) Está. Nossa complicidade, eu e você, nós. Queria te entender. Queria voltar a. Tem uma cadeira. Na minha frente tem a sua cadeira de lugar cativo. Pra sempre sua. Pra-sem-pre. Com o peso da eternidade, exatamente assim, com a leveza dela. E você poderia passar dois dias, um mês, e cinco anos que ela ainda estaria lá. Pra quando você quiser. Toda sua. você senta, eu te ouço, a gente faz silêncio. Você me conta seu universo de coisas, ou você não me conta nada, mas a gente faz nascer flores coloridas nesse jardim que é meu, seu, nosso. Suas banalidades, seus sonhos grandes pro futuro e o que você pensa da vida. Na sua cadeira. Só sua, pra-sem-pre sua. E eu fico te esperando com um café forte e pensando em te dizer que tudo vai ficar bem, não importa o que esteja acontecendo, tudo vai ficar sempre bem, e mesmo que não fique você vai ter a sua cadeira ali, e mesmo que não queira a sua cadeira vai ter um espaço no meu coração. Sempre teve, desde sempre, desde o nosso sempre sempre teve. Não quero nunca me perder de você, assim, usando todos os extremos estranhos, queria te ter pra sempre pra não perder nunca mais. E eu não sei se você sabe, mas eu nunca fui uma pessoa de sempres ou nuncas. E sim de talvez. Você me ensinou a ter certezas, a querer bastante, e a não querer nunca mais. Você me ensinou tantas coisas que eu nunca aprenderia com mais ninguém, ou talvez aprenderia, mas não teria tanta graça. Eu só queria que você soubesse que eu sinto sua falta, e sinto então vontade de te invadir numa tarde de quinta feira e te dizer todas as coisas, as minhas coisas que eu sempre quero te contar. Queria te despejar meu universo, queria voltar a ter a minha cadeira na sua frente e voltar a desvendar todas as coisas que eu já tinha descoberto, essa sua transparência meio rude. E então eu posso te dizer que você pode ir para qualquer lugar, e pode passar por todas as ilhas do oceano pacífico, e realizar seus setenta e sete sonhos, se vestir do jeito que quiser, com quarenta cores diferentes e conhecer milhares de pessoas que tenham mais afinidades com você do que eu e sentar nas cadeiras delas, se elas assim desejarem. Eu só te peço uma coisa, não se perca de mim. Não se perca de mim pra que eu não me perca de mim, porque desde que eu te conheci eu sou uma pessoa melhor, uma pessoa mais viva, você é pessoa mais iluminada que eu conheço. Você, o seu sorriso, sua risada alta e seu abraço desajeitado. Dê uma volta no mundo, e se quiser até se perca por um tempo longe. Só saiba que a sua cadeira vai estar aqui pra-sem-pre e enquanto você estiver fora você vai ocupar maior ainda seu espaço dentro de mim, e me invadir de faltas, ausências lembranças. Faça o que quiser, só não esqueça de voltar, porque eu sinto (tanto) a sua falta. E quando você voltar estarei com meus braços abertos, te esperando numa cadeira na minha frente que vai ser pra-sem-pre sua e de mais ninguém. Na casa, e no coração.

Vamos pronunciar cuidados. Vamos nos envonlver em abraços!

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