sexta-feira, 29 de abril de 2011

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Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés.

Borboletas!

Não há como retornar ao que já não existe nem como adiantar o relógio para se chegar rapidamente ao que ainda não é. Experimentar na própria alma a força terna e tecelã da vida, ao mesmo tempo em que nos sentimos tão frágeis, é um desafio que requer paciência, toda gentileza e muita fé. As novas flores já moram nos brotos, mas ainda não desabrocharam. A chuva de renovação está dentro das nuvens, mas elas ainda não verteram. A borboleta já voa na crisálida, mas ela ainda nem se deu conta direito da novidade de ter asas. =)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sintoma do amor!

Tão bom, tão bom.

Eu quero te dizer que já faz algum tempo que a minha magia não funcionava e que os meus olhos não brilhavam tanto, e que foi só você chegar pra que tudo voltasse a crescer e eu recuperasse esse fôlego de jovem que toma água da fonte. Mas tenho que te confessar também que morro de medo de te dizer essas coisas tanto quanto morro de vontade de te dizer tudo isso e mais agora mesmo. Eu quero te levar adiante, e quero te dar todo o valor que te cabe. Quero te sentar nos lugares que você merece sentar-se e te dar o cuidado e o respeito que você merece, quero aprender a decifrar todos esses teus enigmas cinzas e coisas que você me diz e que me deixam forte, forte, forte – e fraca de tanto querer. Quero que você perceba que abri espaço agora, e que você pode se acomodar e ficar até o dia que eu não vou me atrever a dizer qual é. =)

domingo, 17 de abril de 2011

Contagem!

Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, são muitos, desiste então. Morbidamente talvez enumeres todas às vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça!!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A verdade.

É chegado o dia em que a gente vai parar de fazer as coisas pela metade, para fazê-las de verdade. Não mais direi meias-palavras, muito menos acreditarei em meias-verdades. Eu quero a verdade por inteiro e quero que ela seja dolorida, se tiver que ser ou prazeirosa ou como eu bem quiser, mas que seja de verdade!

A metade inexistente do amor.

Não sei amar pela metade, nunca soube. Aliás, não se trata só de amor, mas de qualquer tipo de sentimento. Não sinto nada mais ou menos. Não sei sentir em doses homeopáticas. Assim bem desse jeito, cheia de amor e exageros. Preciso e gosto da intensidade, e se não for assim, prefiro que não seja.


Mundo ao contrário!

Pirulitos se tornam cigarros. Inocentes viram vadias. Dever de casa vai pro lixo. Celulares conectados no twitter durante a aula. Detenção se transforma em suspensão. Refrigerante se torna vodka. Bicicletas viram carros. Beijos viram sexo.
Vocês se lembram de quando usar proteção era botar um capacete? De quando a pior coisa que você poderia levar de garotos eram cosquinhas? De quando os ombros do pai eram o lugar mais alto e inatingível e mamãe era nossa heroína? Aliás, lembram-se de quando heroína era o feminino de herói? De quando seu pior inimigo era seu irmão? De quando War era só um jogo de cartas? De quando a única droga que você conhecia era remédio pra tosse? De quando remédio pra tosse era realmente usado pra curar tosse? De quando usar uma saia não te transformava numa vadia? A maior dor que você sentia era quando ralava os joelhos e os “adeus” duravam até só o amanhecer de outro dia. E nós não podiamos esperar por crescer?

É tudo tão espantoso que não me cabe essa realidade que machuca todos os dias e de todas as formas e por todos os lados!
Precisamos de PAZ no planeta e amor no das pessoas!

terça-feira, 5 de abril de 2011

As faces de mim.

Eu sempre fui inconstante. Sim, confesso que o meu gênio não é dos mais fáceis de se lidar. Vou da doçura à ácidez de um limão. Sou movida pelo tempo, pelas pessoas, pelo ambiente, por um sorriso. Sempre caminhei de mãos dadas com imperfeição. Eu nunca me adequei à paisagem. Talvez eu seja o cacto em um orquidário. Ou um beija-flor no deserto. Àlias, eu realmente não faço questão de me definir. Definição traz consigo o seu irmão definitivo. E esse, nunca foi uma boa companhia. Bom mesmo é sair pra passear com a mudança. Como uma boa amiga ela sempre está ao nosso lado. No nosso rosto, nas nossas relações, nos nossos sentimentos, na nossa vida. Respirar é tão inevitável quanto mudar. E ambos nos dão a oportunidade de algo maravilhoso, viver sendo feliz.

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Portanto não poderia se comunicar de maneira adulta, posto que a maneira-adulta-de-comunicar-se trata-se de um constante dizer o que não se quer, pedir o que se tem e dar o que não se possui.

domingo, 3 de abril de 2011

Sou eu que faço!

Tem dias que a gente se sente como se fosse metade, faltando a outra parte sem saber onde foi que perdeu. A dor se instala num cantinho apertado do coração e lá pede sala e café. Momentos esses que trazem abismos pros pés. Cicatrizes que vêm de encontro com um futuro limpo. Pequenas amarguras embrulhadas em papel de seda. Canetas vermelhas que não saem do bolso. Só que já decidi que o amanhã sou eu que faço. Não me despedaço, nem viro farelo não. Porque se sobrou espaço no coração é pra amar melhor, decidir com sabedoria daqui pra frente quem é que vai entrar e quem tem que sair. E das levezas, meu amor, eu quero todas. Cansei de gente pesada que traz chumbo pra vida da gente. Cansei de cara amarrada, de sorriso forçado e amarelo. Eu quero saber é daquele brilho no olho, sorriso escancarado, aperto de mão. E isso, sim, cabem direitinho, aqui e ali... aonde quer que a gente vá.