quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Quero vivê-la!

Me pergunto incansávelmente aonde você foi. Quando foi que me perdi de você, assim, tão rapidamente. Sem nem ao menos saber se você ficaria. Me pergunto se foi algo que fiz, ou se foi escolha sua. Engulo a necessidade de saber sobre o que você tem passado, e forço minha mente a concluir tudo sozinha. Transformo meu grito em silêncio. E por um momento, um momento qualquer, eu só queria poder ler teus pensamentos e curar teus medos. Queria que tu fosse honesta comigo em me dizer aonde é que te dói e porque dói, e não que me deixasse aqui, ausente, sozinha. Sinto falta do teu riso. Mas guardo tua felicidade, e minha felicidade abobalhada dos primeiros dias em uma pequena caixa. Não pretendo jogá-la fora. Mas também não queria ter que guardá-la.




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O que aqui escrevo sou eu com saudade. Indigno de menção fotográfica. O teu olhar velado, veio do outro lado, visitar o meu, sem hora pra voltar e eu nem lembro quanto tempo faz.

Minha melhor festa.


Ainda tento achar boas explicações para tudo o que aconteceu e a única que eu realmente acho plausível é essa: "Fui forte ao amar você com todas as minhas forças e fraca por ter deixado você ir. Mas fraca ainda por não ter pedido para você voltar!" Eu não deveria sentir isso depois de tantos anos, mas é exatamente assim. Não existe cura, não existe música, não existe texto, não existe nada que me faça tirar de dentro do peito isso que sinto por você e não deveria. Você é a minha pior ressaca e a minha melhor festa. O mal estar parece ser eterno, mas a vontade de continuar na pista de dança é maior. Não deveria ser assim, mas é. Puta que pariu. Assumo minhas fraquezas com louvor. Amar você depois de tudo é uma delas. Talvez eu tenha te machucado bastante, mas te garanto, você ainda me tortura. Todo santo dia. Não deveria ser assim. Concordo. Mas é, e dói. Muito. Muito mais do que imagina quando me vê por ai, sorrindo. Escrevi esse texto porque achei que você deveria saber. Com toda certeza você deveria saber. Amor é para os fortes, e nós? Nós duas somos fracas! 

*DonaOncinha