sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vem.




Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Talvez!


 Talvez dessa vez eu tenha mesmo algo importante a dizer, talvez eu até tenha duas, mas é bem aquela, "a coisa má ou a coisa boa primeiro?".
 Sei lá, decidi parar com isso. Sinto que você cansou, eu cansei, nós cansamos dessa balela literária.
 Atravessei a tarde, varei a noite e amanheci sem saber o que escrever. Só fiquei com essas duas coisas engasgadas na garganta: a boa e a má. Mas não sei como dissolver isso e mandar num gole só. Talvez seja mais um novo processo, porque escrever é isso mesmo, coisa boa e coisa má engasgadas na garganta.
 O momento crucial é o dedo na goela - tenho certeza que li isso em algum lugar, mas agora não me recordo da fonte. Mas a questão é: estou livre? Sinto que preciso me preparar, pouco sei das coisas da vida. A verdade é que eu quero te ler, aí quem sabe eu me sinta mais segura para soltar alguns borbotões, certo? Errado. tudo errado. Isso é inverter os papéis. Esse processo deveria ser seu e não meu, você é quem deveria estar escrevendo, lendo, produzindo... já sei, diga algo agora! Grite, faça uma mímica, girl. Afinal a história é sua e não minha.
 Então tá, coisa boa ou coisa má? Cantar, rolar de rir ou chorar? Sinta-se segura, não há muita coisa pra suspender.
 Esses dias fiquei pensando como eu acredito no poder transformador das pessoas, pois pensando bem, só um completo idiota escolheria empurrar a vida com a barriga. Você tem que ficar contente e você sabe que se você quiser, você fica. Respira fundo, uma, respira fundo, duas, respira fundo e pergunte em voz alta: o que eu tenho hoje dentro de mim? Infelizmente não é você quem escolhe, girl... são suas entranhas que falam mais alto. Apenas acene e afirme - isso soa muito bem - você precisa encontrar o silêncio dentro de um grito. Um espaço de apoio para o seu cansaço. A minha cama anda vazia... a minha cama, o meu sofá, o meu chuveiro, aqui em casa sobra espaço. Se você quiser tenho dois ombros disponíveis, sei que qualquer pessoa inteira que se preze também os tem, mas isso não vem ao caso.
 Eu estou aqui, as outras pessoas estão apenas circulando. Sei que a distância entre o meu caminho e o caminho que você está escolhendo pode ser enorme, nem mesmo me sinto animada em mudar essa situação, mas se você me disser que quer seguir em frente e pular para o lado de cá, eu vou adorar a idéia. Mas antes assuma sua condição e vê se não faz besteira. Eu insisto pela última vez e insisto não por você, mas por mim. Vou deixar os desejos acontecerem em slow motion e a folha de papel quase em branco, porque começar uma história como essa é, por tantas vezes, complicado e absurdo.
Aprocimação!